#09 Renata de Oliveira

  


Bacharelado e licenciatura em Artes Corporais pela Unicamp (1992-1995). Atua na área  das danças afro brasileiras (danças negras, danças populares e brincadeiras populares  em roda). Seu primeiro contato com a cultura afro-brasileira e suas manifestações foi  em um curso de extensão no IA/Unicamp (1989), com a artista plástica e folclorista  Raquel Trindade; curso que gerou o Grupo de Danças Folclóricas e Teatro Popular  Urucungos, Puítas e Quijêngues. Atuou como bailarina e coreógrafa no Urucungos por  18 anos, onde paralelamente, intensificou suas pesquisas buscando em outras fontes  estudar e vivenciar as raízes da cultura negra, tendo contato com o candomblé e com as  danças dos Orixás. É parceira em grupos de cultura popular de Campinas (Casa de  Cultura Tainã, Casa de Cultura Ibaô, Jongo Dito Ribeiro, Pastoril de Jornada, Bloco  Cultural União Altaneira, Caixeiras das Nascentes...). Desenvolveu trabalhos em centros  culturais, escolas, grupo de percussão e universidades na Espanha. Ministra cursos em  instituições públicas e privadas. Em 2018, criou, produziu e participou do espetáculo  "Saias: dançando, cantando e expressando a força do feminino nas manifestações afro brasileiras." 


O trabalho ‘O corpo na ancestralidade: a mulher negra em cena”, mostra a força  ancestral e a identidade afro-diaspórica expressadas no corpo feminino através da dança  afro. Um corpo pleno de identidade que alavanca as aspirações, lutas e desejos da  mulher negra.  

Clementina de Jesus e a Orixá Oxum, nos dois vídeos apresentados, dão sentido à esse  corpo que se faz presente através do canto em forma de prece e da fluidez das águas da  deusa africana.  

Canto, prece, caminhos percorridos pelas águas, o reflexo de quem somos no espelho de  Oxum fazem da mulher negra que está em cena o ecoar de toda uma cultura, que  reexiste todos os dias para extrair o melhor de quem somos!  

Clamando por Clementina e No espelho de Oxum mostram que o corpo carrega e  movimenta toda uma cultura: o corpo que dança, canta, se admira e se expressa. Corpo  de paz! Corpo de luta!